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terça-feira, outubro 31, 2006

Verdade

Adote o hábito de dizer algo amável ao pronunciar as primeiras palavras pela manhã.
Isso estabelecerá sua disposição mental e emocional para todo o dia.(Norman Vincent Peale)


A língua revela
o conteúdo do coração.

A verdade liberta.

A verdadeira liberdade guarda correlação com Deus e relaciona-se com a responsabilidade.

Responsabilidade cumprida é liberdade adquirida.

Não deseje a liberdade do violentar, do mentir, do omitir, do não cumprir.

Pelas leis divinas você não tem direito à liberdade que fere, engana, desassiste, descumpre, causa aflição.

Use da boa liberdade.

Uma liberdade real e dinâmica é fruto da sua integração ao movimento de Deus.

Extraído de Sementes de Felicidade

quinta-feira, outubro 26, 2006

Amor

O ódio enegrece.
No entanto, descortina
bendito horizonte à
revelação do amor.

Não se turbe o vosso coração nem se atemorize. João, 14:27

Cuide do seu coração.

Não são somente os cardiologistas que devem e podem tratar seu coração.

Este é um assunto profundamente psicológico e espiritual.

O pior veneno contra o coração chama-se ódio; e o melhor remédio é amor.

Não falamos aqui de um órgão meramente fisiológico, referimo-nos ao centro das emoções e dos sentimentos.

Pense na higiene e assepsia de sua alma.

Evite a disritmia da ambição.

Esteja acima das intempéries.

Mantenha seu coração em paz.

Disto depende a harmonia de todo o seu corpo com o espírito.

Extraído de Um Minuto com Jesus

quarta-feira, outubro 25, 2006

Observa

Nunca sabemos se a nossa humildade vive emoldurada no orgulho
e nunca podemos precisar até que ponto caminha a nossa caridade
sem o travão do egoísmo.


Procure a alegria.

A alegria está latente, palpitante e dinâmica no seu íntimo.

Quando você a localiza, ela vem à tona e transparece na sua face, na fala, no olhar, no riso.

Você apresenta o que tem de melhor, pois foi buscá-la no mais fundo de si mesmo. Lá onde está o seu EU.

Corra ao alcance dessa alegria íntima. Ela será sua companheira de sempre.

Descobrir a verdadeira alegria é fortificar a paz.

Extraído de Sementes de Felicidade

Criatividade

Lição de Criatividade


Um cachorrinho perdido na selva vê
um tigre correndo em sua direção.
Pensa rápido, vê uns ossos no chão e se põe a mordê-los.
Então, quando o tigre está pronto atacá-lo,
o cachorrinho diz:
Ah, que delícia este tigre que acabo de comer!
O tigre pára bruscamente e sai apavorado correndo do cachorrinho, e no caminho vai pensando:

Que cachorro bravo!
Por pouco não come a mim também!
Um macaco, que havia visto a cena, sai correndo atrás do tigre e conta como ele tinha sido enganado.
O tigre, furioso, diz: - Cachorro maldito! Vai me pagar!
O cachorrinho vê que o tigre vem atrás dele
de novo e desta vez traz o macaco
montado em suas costas.

Ah, macaco traidor!
O que faço agora?, pensou o cachorrinho.
Em vez de sair correndo, ele ficou de costas,
como se não estivesse vendo nada.

Quando o tigre está a ponto de atacá-lo de novo,
o cachorrinho diz:
Macaco preguiçoso!
Faz meia hora que eu mandei trazer
um outro tigre e ele ainda não voltou!

Em momentos de crise, só a imaginação
é mais importante do que o conhecimento.

sexta-feira, outubro 20, 2006

REERGUE-TE

Não pergunte a esmo.
Quem muito interroga,
muito fere.

Valorizar o presente

Não digas: sou bananeira que já deu cacho, não sou mais como antes, agora não me adianta mais nada.

REERGUE-TE.

As mesmas forças de antigamente ainda estão dentro de ti, agora mais sábias e pacientes.

Talvez não possas exagerar no físico, mas a tua alma, o teu ser está mais potente do que antes.

Ajusta-te às novas realidades e, dentro delas, manifesta-te forte, alegre e capaz, e não te entregues ao desalento.

As forças estão a tua disposição mas, se não as usas, elas perdem sentido e decaem.

Inicia vida nova.

O teu amanhã está de olho em ti e aguarda que faças, agora, o melhor que possas.

Extraído de Ânimo

quinta-feira, outubro 19, 2006

LIBERDADE E RESPONSABILIDADE

Tudo na criação está em permanente processo de transformação e
aprimoramento.
Assim também ocorre com os homens. Em sua condição de espíritos, trilham
marcha ascendente rumo à angelitude.
Foram criados em estado de absoluta simplicidade e ignorância, Mas possuem,
desde o princípio, os embriões de todas as virtudes.
Nas primeiras experiências foram conduzidos grandemente pelos instintos.
Gradualmente tomaram ciência de seu potencial e passaram a fazer opções.
Titubeantes no princípio, desenvolveram a consciência de si próprios e da
sua vontade.
Um elemento primordial do progresso consciente é o livre-arbítrio.
As espécies animais e vegetais são conduzidas pelas forças da natureza, em
suas etapas de elaboração. Já os homens podem escolher os caminhos que
trilham.
O progresso espiritual pressupõe o desenvolvimento da faculdade de discernir
o bem e o mal. Para a aquisição desse senso moral, para crescer em
entendimento e compreensão, é imprescindível a liberdade de opção. Quanto
mais o espírito burila seu intelecto e exerce sua vontade, mais liberdade
tem. Seu leque de opções aumenta. Mas não é somente a liberdade que ganha
expressão.
Com o conhecimento e o lento evoluir do ser, ele se torna mais responsável
pelo que faz. Quando o instinto predomina, a responsabilidade é ínfima.
Quando a vontade e a consciência regem o destino, torna-se inarredável a
responsabilidade.
O homem é intrinsecamente livre em seus atos e pensamentos, mas responde por
tudo o que faz e pensa.
As leis humanas são freqüentemente burladas e enganadas, contudo, nos
estatutos divinos não há qualquer falha.
Sendo as leis divinas inscritas na consciência de cada homem, elas jamais
são burladas. Ninguém escapará de si próprio.
Cada qual é livre para pensar, falar e agir. Mas essa liberdade sempre deve
respeitar os direitos do próximo.
A movimentação do livre-arbítrio jamais deve causar sofrimento e coerção
para outrem.
Quem se permite infelicitar o semelhante, infelicita-se a si próprio.
O desrespeito à dignidade e à felicidade alheias aprisiona o seu autor.
O homem que provoca sofrimento prepara para si um cárcere de sombra e
desgraças. Talvez ele engane a justiça humana. Quiçá logre anestesiar a
própria consciência por um tempo. Mas cedo ou tarde, nesta encarnação ou em
outra, despertará para a realidade. Sua consciência o chamará a prestar
contas de seus atos.
Então, a dor infligida ressurgirá no íntimo do ser. Entre inibições e
complexos, lutas e sofrimentos, ele se acertará com as leis divinas.
Reflita na responsabilidade que você possui, em sua condição de homem livre.
Você pode muito. Pode escolher ser honesto ou desonesto, misericordioso ou
cruel, leal ou traiçoeiro, útil ou inútil. Mas responderá por seus atos. Não
se trata de pecado e castigo, mas de responsabilidade.
Pense nisso!

Textos da Equipe de Redação do Momento Espírita.

CALAR

CALAR A DISCÓRDIA

A harmonia plena ainda constitui um sonho distante de qualquer organização
humana.
Os homens guardam grandes diferenças entre si.
Diversos fatores induzem a distintas formas de entender e viver a vida.
A educação recebida no lar, as experiências profissionais e afetivas, os
professores e os amigos.
Todos esses elementos contribuem para a singularidade da personalidade
humana.
A diversidade produz a riqueza.
Se todos os homens pensassem do mesmo modo, o marasmo e a mesmice tomariam
conta do mundo.
Uma assembléia ou equipe composta de forma heterogênea possui grande
potencial.
Ocorre que conviver em harmonia com o diferente pressupõe maturidade.
Em qualquer gênero de relacionamento humano, é necessário respeitar o
próximo.
Mas é preciso também manter o foco em um objetivo maior.
Toda associação humana possui uma finalidade.
No âmbito profissional, busca-se o crescimento da empresa na qual se
participa.
Na esfera familiar, colima-se a educação e o preparo de seus membros para a
vida, em um contexto de dignidade.
Em uma associação filantrópica, tem-se por meta a prática do bem.
A noção clara do objetivo que se persegue facilita a convivência.
O fato de alguém discordar de suas idéias não significa que esteja contra
você.
O relevante é verificar qual o modo mais eficiente de atingir a meta
almejada pelo grupo.
A convivência humana raramente deixa de produzir algum atrito.
Mas é preciso saber calar a discórdia.
Se o embate de idéias e posições não é ruim, a agressividade e o radicalismo
sempre o são.
Pense sobre as instituições que você integra.
Sua presença em tais ambientes visa ao interesse coletivo, ou à exaltação de
seu ego?
É melhor afastar-se delas do que, por mesquinharia, ser causa de
desestabilização e brigas.
Mas o ideal é aprender a sacrificar seu interesse pessoal em prol de uma
causa maior.
Se uma controvérsia surge, reflita com serenidade sobre os pontos de vista
envolvidos.
Caso sua posição não seja defensável, abdique dela.
Procure ser um elemento pacificador nos meios em que se movimenta.
Há pouca coisa tão cansativa quanto um altercador contumaz.
Certas posturas são toleráveis apenas em pessoas muito jovens.
Na maturidade, a rebeldia e a vaidade sistemáticas são ridículas.
Não canse seus semelhantes, com posições inflexíveis e injustificáveis.
Aprenda a ceder e a compatibilizar, quando isso não comprometer sua
honestidade e sua ética.
De que lhe adianta vencer um debate, se a causa que você defende sofre com
isso?
O homem sábio identifica quando deve avançar e quando deve recuar.
Mas sempre o faz de forma sincera e digna.
De nada adianta afetar concordância e semear a discórdia nos bastidores.
A dissimulação e a intriga são indignas de uma pessoa honrada.
Reflita sobre isso, quando se vir envolvido em debates e contendas.
Quando se engajar em uma causa, sirva-a com desinteresse.
Jamais se permita servir-se dela para aparecer.
Mas principalmente nunca a prejudique por radicalismo e imaturidade.


Equipe de Redação do Momento Espírita.

DA ALMA

EXTERIORIZAÇÃO DA ALMA

"A boca fala do que está cheio o coração".
Essa afirmativa de Jesus encerra grande sabedoria.
Significa que não somente as palavras, mas tudo o que vem do interior do
homem é, de certa forma, a exteriorização de sua alma.
As cidades são a expressão de quem as constrói, de quem as habita, de quem
as conserva.
Uma canção é a exteriorização da alma do compositor, assim como a escultura,
a arquitetura, as artes plásticas, retratam a intimidade do seu criador.
Uma peça literária é a alma do escritor que se mostra em forma de palavras,
frases, idéias...
É assim que pelo conteúdo das mais variadas formas de expressão, conhecemos
a natureza daquele que as produz.
Almas sábias exteriorizam bondade, beleza, sabedoria...
Almas ignóbeis se revelam pelas produções corrompidas na base, idéias
desconexas, infelizes, viciosas...
Suas expressões artísticas denotam baixeza e futilidade. São contraditórias
e desprovidas de beleza.
Nas canções, a letra é carregada de palavras torpes. As notas, geralmente de
melodia pobre, expressam o desarranjo da alma que através da música se
exterioriza.
Os escultores dessa categoria apresentam sua intimidade nas formas
retorcidas, grotescas, sem graciosidade. Comumente não causam bem-estar em
quem as contempla.
Todavia, muito diversa é a expressão artística das almas nobres...
As composições musicais expressam sua grandeza d`alma. Produzem, em quem as
ouve, profunda harmonia íntima, pois tocam as cordas mais sutis do ser,
promovendo estesia e bem-estar.
As notas musicais têm sonoridade agradável e penetrante. A alma do artista
se exterioriza, e sua sabedoria sensibiliza quem as sente, provocando
emoções nobres e salutares.
É assim que a alma se mostra através das palavras, das artes, das ciências,
e de todas as formas de expressão.
Às vezes, pessoas iletradas se apresentam com extremada beleza, através de
palavras que brotam da alma como de uma fonte cristalina, plenas de
sabedoria, de afeto, de ternura.
Trabalhadores simples, devotados, que realizam suas tarefas com dedicação e
seriedade, demonstram trazer no íntimo uma fonte de riquezas.
Poetas, escritores, compositores, escultores, engenheiros, médicos,
jardineiros, pedreiros, arquitetos, donas de casa, paisagistas e outros
tantos cidadãos, mostram a alma através de suas realizações.

E a sua alma, como tem se exteriorizado?
Nas tarefas singelas que você realiza...
Nas muitas palavras que você pronuncia...
Nos conselhos que dá ao filho ou a um amigo...
Numa carta comercial que você escreve, ou numa declaração de amor, sua alma
se exterioriza e se deixa ver...
Com suas ações, o mundo ao seu redor fica mais belo ou mais feio? Mais
alegre, ou mais triste, mais nobre, ou mais pobre?
Para se conquistar a excelência nas ações cotidianas, é preciso considerar
as quatro dimensões da experiência humana:
A dimensão intelectual, que almeja a verdade; a dimensão estética, que
almeja a beleza, a dimensão moral, que almeja a bondade, a dimensão
espiritual, que almeja a unidade.
E gravitar para a unidade divina, é o objetivo final da humanidade.
Busque plantar em sua alma a verdade, a bondade e a beleza.
Mas considere que a verdade é o solo mais propício para que germinem a
bondade e beleza.
Pense nisso! Vale a pena!
Invista na sua alma!

TC 29/06/2006
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

JUNTOS

Bob era um veterano da guerra do Vietnã. E na guerra deixou suas duas
pernas, à conta da explosão de uma mina.
Foi recebido em seu país, como herói. Mas verdadeiramente herói ele
demonstrou ser, vinte anos depois de seu retorno.
Isso porque o verdadeiro heroísmo brota do coração.
Era o ano de 1985 e ele trabalhava em sua garagem, num dia quente de verão.
De repente, a tranqüilidade das horas foi rompida pelos gritos de uma
mulher.
Bob verificou que os gritos vinham da casa vizinha e, com rapidez, moveu sua
cadeira de rodas naquela direção.
Entretanto, a vegetação densa que ali existia, não permitia o acesso da
cadeira.
Os gritos continuavam, desesperadores e ele não teve dúvidas. Jogou-se ao
chão e foi se arrastando, entre os arbustos.
Quando chegou à casa ao lado, percebeu que os gritos vinham da piscina. Era
a mãe de uma criança de apenas 3 anos que assim se expressava, quase em
histeria.
A criança caíra na piscina. Era uma garotinha com deficiência física:
nascera sem os braços. Não tinha como nadar.
Bob mergulhou até o fundo e trouxe a pequena Stephanie de volta.
Ela não tinha pulso, o rosto estava azulado. Não respirava.
Ele praticamente ordenou à mãe que chamasse os bombeiros, enquanto iniciou
manobras de ressuscitação na criança.
Quando a mãe retornou, ainda aflita, informou que os para-médicos iriam
demorar um pouco, pois se encontravam em outro atendimento.
Ela chorava, sem saber o que fazer. Mas bob foi quem a sossegou.
Não se preocupe. Eu fui os braços dela para sair da piscina.
Agora sou os seus pulmões.
Não se preocupe. Juntos, vamos conseguir.
Alguns segundos mais e a menininha tossiu, recobrou a consciência e começou
a chorar.
Mãe e filha se abraçaram.
Como você sabia que tudo ia dar certo? - perguntou depois ao veterano de
guerra a vizinha agradecida.
Minha senhora, quando a mina explodiu, arrancando-me as pernas, eu estava
sozinho num campo.
Não havia ninguém para ajudar. Apenas uma menininha vietnamita.
Enquanto eu lutava, me arrastando, para chegar ao seu vilarejo, ela ficava
repetindo, num inglês atravessado: 'Está tudo bem. Você vai viver. Eu ser
suas pernas. Juntos nós conseguir.'
Bem, eu consegui com a ajuda da garotinha. Agora, foi a minha oportunidade
de retribuir o favor.
E fico feliz por isso. É uma forma de dizer a Deus que agradeço por estar
vivo.

Pense nisso!

Quase sempre colocamos limites para nossas atuações no bem. Pensamos muito
antes de agir. O que faz que, por vezes, o socorro chegue atrasado.
Dizemos que não temos dinheiro para ajudar a quem precisa, que não temos
tempo, que não sabemos o que fazer.
Pensemos um pouco: quem realmente se importa com o outro e quer, age. Com o
que tem, como pode, onde possa.
Mesmo porque, por vezes, somos a única opção de auxílio a alguém.
Pensemos nisso!

Equipe de Redação do Momento Espírita com base no cap. Juntos nós vamos
conseguir, de Dan Clark, do livro Histórias para aquecer o coração das
mulheres, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne e
Marci Shimoff, ed. Sextante.

O

"O Empurrão..."

A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho.
Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões. Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? Pensou ela.

O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso.
Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E se justamente agora isto não funcionar?

Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento.
Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final o empurrão.

A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida.

Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia. O empurrão era o menor presente que ela podia oferecer-lhes. Era seu supremo ato de amor.

Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram!

Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia. São elas que nos empurram para o abismo.

E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar.

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João Adolfo

AMOR

"Colocar Amor em tudo..."

Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados. Os trabalhadores estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que sobrava das refeições.

Todos que viviam ali trabalhavam na roça do Sinhôzinho, um homem rico e poderoso, que, dono de muitas terras exigia que todos trabalhassem duro pagando por isso muito pouco.

Um dia chegou ali um novo empregado. Era um jovem agricultor em busca de trabalho.

Recebeu como todos uma velha casa onde iria morar enquanto trabalhasse ali.

O jovem vendo aquela casa suja e largada, resolveu dar-lhe vida nova. Pegou uma parte de suas economias, foi até a cidade comprou algumas latas de tinta. Chegando em casa, em suas horas vagas, cuidou da limpeza, lixou as paredes com cores alegres e brilhantes, colocou flores nos vasos. Aquela casa limpa e arrumada chamava a atenção de todos que passavam.

O jovem sempre alegre trabalhava feliz na fazenda.

Os outros trabalhadores lhe perguntavam:
Como você consegue trabalhar feliz e sempre cantando com o pouco dinheiro que ganhamos?

O jovem olhou para os amigos e disse:
Bem, este trabalho, hoje, é tudo o que eu tenho. Ao invés de blasfemar e reclamar prefiro agradecer por ele. Quando aceitei este trabalho sabia de suas limitações. Não é justo que agora que estou aqui, fique reclamando. Eu o aceitei e farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.

Os outros olharam admirados. Como ele pode pensar assim? Afinal, acreditavam ser vítimas das circunstâncias, abandonados pelo destino.

O entusiasmo do rapaz em pouco tempo chamou a atenção de Sinhôzinho que passou a observar a distância os passos dele. Um dia Sinhôzinho pensou:

Alguém que cuida com tanto cuidado e carinho da casa que emprestei, cuidará também com o mesmo capricho da minha fazenda. Ele é o único aqui que pensa como eu. Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da fazenda.

Sinhôzinho, foi até a casa do rapaz, e, após tomar um café fresco, ofereceu ao jovem um emprego de administrador da fazenda..

O rapaz prontamente aceitou.

Seus amigos agricultores novamente foram perguntar-lhe:
O que faz com que algumas pessoas sejam bem sucedidas e outras não?

E ouviram com atenção a resposta:
"NÃO EXISTE REALIDADE, EXISTE NO HOMEM, A CAPACIDADE DE REALIZAR!"

Uma bela lição encerra essa estória.
TRABALHE SEMPRE COM ALEGRIA.
FAÇA DO SEU TRABALHO UM MOTIVO DE CONTENTAMENTO.
Seja ele qual trabalho for.
Todo trabalho é DIGNO e BELO.
É necessário, e faz bem, colocar AMOR em tudo o que se faz nessa vida.
Só REALIZA, quem assim age.
Pode acreditar.

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João Adolfo

PAZ

Nunca uma pequena palavra e com poucas letras, mexeu tanto com a cabeça dos habitantes deste lindo planeta azul... PAZ...

Se olharmos através da máquina do tempo, veremos que esta palavra é perseguida implacavelmente, e muitas vezes mal interpretada por vários povos e nações.

Para que ela funcione perfeitamente, é preciso que nós seres humanos, comecemos a abrir mão de poderes sem muito sentido.

A paz só acontecerá de verdade quando diminuirmos as nossas diferenças, quando falarmos a mesma língua, quando abrirmos mão do individualismo e pensarmos no todo.

Nesta nossa caminhada não estamos sozinhos...
Aproveite estes novos tempos de reflexão e dedique alguns minutos do seu dia para rezar pela paz.

Quando o consciente coletivo da humanidade se reúne para uma grande conquista, torna-se verdadeiro o lindo sonho de viver em harmonia e próspero em paz.

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João Adolfo

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IMPERFEIÇÃO


As faculdades intelectuais distinguem o homem no contexto da criação.
Diferente das demais espécies vivas, ele reflete sobre o significado da
vida.
Um questionamento sempre presente na história da humanidade refere-se à
finalidade do viver.
Em todos os tempos, sábios debruçaram-se sobre essa intrincada questão.
O Espiritismo, com base no ensinamento dos Espíritos, afirma que o objetivo
da vida é viabilizar a evolução dos seres.
A vida é regida pela lei do progresso.
É inegável a permanente metamorfose que vigora em todos os quadrantes
conhecidos do universo.
Gradualmente, as espécies animais e vegetais se transformam e surgem
aprimoradas.
Com o homem não é diferente.
Ele está sempre em processo de aprendizado e crescimento.
A sociedade humana reflete esse lento elaborar.
As leis culturais e as instituições lentamente se aprimoram.
A extinção da escravidão e o reconhecimento da igualdade da mulher são
exemplos dessa evolução.
Os homens, em sua condição de espíritos, foram criados em estado de
simplicidade e ignorância.
Mas possuem desde o princípio os germens de todas as virtudes, que lhes
incumbe desenvolver.
Um dia todos serão anjos.
Freqüentemente, surge a indagação: "Se Deus pode tudo, por que não criou os
Espíritos já perfeitos?
Afinal, o processo de evoluir por vezes é deveras penoso.
Não seria melhor de outro modo?"
Deus, em sua sabedoria, manifestada em todas as coisas, optou por nos criar
perfectíveis, mas não perfeitos.
Constitui temeridade afirmar a razão pela qual a divindade deliberou agir de
uma forma, e não de outra.
Entretanto, nada nos impede de refletir sobre isso.
O resultado da perfeição imediata, generalizada e desde o princípio seria o
ócio total.
Seres perfeitos, plenos de virtudes e talentos, nada teriam para fazer.
A obra da criação estaria completa, perfeita, acabada.
Aos anjos restaria a inutilidade.
Nada fazer talvez seja o sonho do preguiçoso.
Mas a sensação de ser útil, de ter um propósito na existência, é uma
necessidade de seres psicologicamente saudáveis.
Na realidade, o homem tem um papel a desempenhar no concerto da criação.
Ele é útil, há uma finalidade seu viver.
O papel que lhe cabe guarda relação com o seu desenvolvimento.
Em mundos superiores, habitados por seres sublimes, o trabalho é todo
intelectualizado e transcendental.
Em esferas ainda materializadas, como a terra, as tarefas permanecem penosas
e materiais.
Tendo em vista que a lei do progresso rege a vida, os homens devem
observá-la em seu proceder.
Incumbe-lhes serem agentes do progresso.
Eles devem auxiliar a tornar o mundo que habitam um local aprazível, justo e
fraterno.
Assim, não se preocupe em excesso com as dificuldades que lhe batem às
portas.
Elas se destinam a prepará-lo para seu luminoso porvir.
Com esforço e disciplina, a dificuldade de hoje se tornará a facilidade do
amanhã.
Se você deseja cumprir sua missão na terra, esforce-se em ser melhor a cada
dia.
Empenhe-se em amealhar tesouros intelectuais e morais.
A angelitude é a sua meta.
O ônus e o mérito de atingi-la são exclusivamente seus.
Pense nisso.


Equipe de Redação do Momento Espírita.

ARVORE

"A Árvore dos Desejos"

Uma vez um homem estava viajando e, acidentalmente, entrou no Paraíso. No conceito indiano de Paraíso, existem árvores dos desejos. Você simplesmente senta debaixo delas, deseja qualquer coisa e imediatamente seu desejo é realizado - não há intervalo entre o desejo e sua realização.
O homem estava cansado, e pegou no sono sob a árvore dos desejos. Quando despertou, estava com muita fome, então disse: "Estou com tanta fome, desejaria poder conseguir alguma comida de algum lugar."

Imediatamente apareceu comida vinda do nada - simplesmente uma deliciosa comida flutuando no ar. Ele estava tão faminto que não prestou atenção de onde a comida viera. Começou a comer imediatamente e a comida era tão deliciosa... Depois, a fome tendo desaparecido, olhou à sua volta. Agora estava satisfeito. Outro pensamento surgiu em sua mente:
"Se ao menos eu conseguisse algo para beber..."
Como não há proibições no Paraíso, imediatamente apareceu um excelente vinho. Bebendo vinho relaxadamente na brisa fresca do lugar, sob a sombra da árvore, começou a pensar:
"O que está acontecendo? O que está havendo? Estou sonhando ou existem espíritos ao meu redor zombando comigo?"
E os espíritos apareceram, E eram ferozes, horríveis, nauseantes. Ele começou a tremer e um pensamento surgiu em sua mente:
"Agora vou ser assassinado, com certeza!!!!"
Conforme seu desejo, foi o que aconteceu.
Esta é uma antiga parábola e de imenso significado. Sua mente é a arvore dos desejos - o que você pensa, mais cedo ou mais tarde se realiza. Às vezes o intervalo é tão grande que você se esquece completamente que, de alguma forma, desejou aquilo; então não faz ligação com a fonte. Mas se olharmos profundamente, perceberemos que todos os nossos pensamentos, medos e receios estão formando nossas vidas. Eles criam nosso Inferno ou criam nosso Paraíso. Criam nossos tormentos, ou criam nossas alegrias. Eles criam o negativo ou criam o positivo. Todos aqui são mágicos. E todos estão fiando e tecendo um mundo mágico ao seu redor, e aí são apanhados.
A própria aranha é pega em sua própria teia. Ninguém o está torturando a não ser você mesmo. E uma vez que isso seja compreendido, mudanças começam a acontecer. Então você pode dar a volta, pode transformar seu Inferno em Paraíso; é simplesmente uma questão de pintá-lo a partir de um ângulo diferente. Seu Paraíso depende de VOCÊ!!!

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João Adolfo

VOLTE-SE

" Volte-se para outra janela "

A menina debruçada na janela, trazia nos olhos grossas lágrimas e o peito oprimido pelo sentimento de dor causado pela morte do seu cão de estimação.

Com pesar, observava atenta o jardineiro a enterrar o corpo do amigo de tantas brincadeiras. A cada pá de terra jogada sobre o animal, sentia como se sua felicidade estivesse sendo soterrada também.

O avô que observava a neta, aproximou-se, envolveu-a num abraço e falou-lhe com serenidade:
Triste a cena, não é verdade?

A netinha ficou ainda mais triste e as lágrimas rolaram em abundância.

No entanto, o avô, que sinceramente desejava confortá-la, chamou-lhe a atenção para outra realidade. Tomou-a pela mão e a conduziu até uma janela opostamente localizada na ampla sala.

Abriu as cortinas e permitiu que ela visse o imenso jardim florido à sua frente, e lhe perguntou carinhosamente:
Está vendo aquele pé de rosas amarelas, bem ali à frente?
Lembra que você me ajudou a plantá-lo? Foi num dia de sol como o de hoje,que nós dois o plantamos. Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos, e hoje... veja como está lindo, carregado de flores perfumadas e botões como promessa de novas rosas...

A menina enxugou as lágrimas que ainda teimavam em permanecer em suas faces e abriu um largo sorriso, mostrando as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre uma e outra, das tantas rosas de variados matizes, que enfeitavam o jardim.

O avô, satisfeito por tê-la ajudado a superar o momento de dor, falou-lhe com afeto:

Veja, minha filha, a vida nos oferece sempre várias janelas.
Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza, sem que possamos alterar-lhe o quadro, voltemo-nos para outra, e certamente nos depararemos com uma paisagem diferente.

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João Adolfo

PECADO ORIGINAL

A humanidade é essencialmente díspar em suas características.
Cada criatura possui facilidades e dificuldades que lhe são inerentes.
A educação e o meio ambiente exercem influência no comportamento humano.
Mas certas tendências são inexplicáveis, no contexto de uma única
existência.
Dentro do mesmo núcleo familiar, há marcantes diferenças de moralidade e
equilíbrio entre irmãos.
Algumas crianças, desde a mais tenra idade, demonstram boa índole.
Equilibradas e serenas, aceitam com tranqüilidade a disciplina e a
orientação dos pais. Já outras trazem a marca da rebeldia.
Instáveis e difíceis, por vezes até cruéis, constituem um desafio para a
paciência dos familiares.
A realidade é que os espíritos encarnam infinitas vezes, em seu caminhar
para a perfeição.
Cada qual é herdeiro de si próprio.
Ao reencarnar, o espírito traz consigo o que adquiriu em suas precedentes
existências.
Essa é a razão pela qual os homens mostram pendores bons ou maus, que neles
parecem inatos.
Virtudes e vícios não são obras do acaso.
Eles constituem o resultado de opções feitas no passado.
Quem se esforçou para burilar o próprio intelecto, hoje possui avantajada
inteligência.
Aquele que gastou tempo aprimorando a sensibilidade artística dispõe
atualmente de facilidade no campo das artes.
Já a criatura que se permitiu malbaratar os tesouros da vida ressente-se de
sua falta.
O ser que elegeu o vício no passado tem-no presente em seu íntimo.
Os maus pendores naturais são resquícios de imperfeições das quais o
espírito ainda não se despojou.
Eis o verdadeiro pecado original.
As leis humanas, embora ainda falíveis e injustas, repelem a idéia de
penalizar um homem pelo que outro fez.

Como Deus é soberanamente justo e bom, é incoerente imaginar que ele
responsabilize uns pelas faltas de outros.
Cada qual se debate com a herança que providenciou para si.
Luz ou sombra, facilidades ou dificuldades, o que hoje se vive é resultado
do que se fez no pretérito.
Não adianta culpar ninguém pelas dificuldades atuais.
Em geral, a recordação das vidas passadas não é possível ou desejável. Mas
as tendências atuais evidenciam os pontos carentes de correção, na economia
da alma.
O ontem é passado e não pode ser modificado. Mas hoje estão sendo lançadas
as bases do futuro.
Este é o momento de refletir maduramente sobre o amanhã que virá, e adotar
medidas para que ele seja luminoso.
Ninguém fará o trabalho que lhe compete.
A nobreza de caráter, a inteligência, a pureza, nada disso pode ser
improvisado.
Se você deseja ser pacífico e bondoso, precisa criar o hábito de ser assim.
Diariamente você é confrontado com situações que exigem um posicionamento.
Compete exclusivamente a você optar por ser digno ou indigno, corajoso ou
covarde, generoso ou mesquinho.
Mas saiba que está diariamente lançando as sementes de seu futuro.
Pense nisso.

DP 20/08/2006
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo I do livro O
Espiritismo na sua expressão mais simples e outros opúsculos de Kardec, ed.
FEB.

QUASE ACREDITEI

Quase acreditei que não era nada, ao me tratarem como nada.

Quase acreditei que não seria capaz, quando não me chamavam por acharem que eu não era capaz.

Quase acreditei que não sabia, quando não me perguntavam por acharem que eu não sabia.

Quase acreditei ser diferente, entre tantos iguais, entre tantos capazes e sabidos, entre tantos que eram chamados e escolhidos.

Quase acreditei estar de fora, quando me deixavam de fora porque... que falta fazia?

E de quase acreditar adoeci;
busquei ajuda com doutores, mestres, magos e querubins.

Procurei a cura em toda parte e ela estava tão perto de mim.

Me ensinaram a olhar para dentro de mim mesmo e perceber que sou exatamente como os iguais que me faziam diferente.

E acreditei profundamente em mim.
E tenho como dívida com a vida fazer com que cada ser humano se perceba, se ame, se admire de si mesmo, como verdadeira fonte de riqueza.

Foi assim que cresci:
acreditando.

Sou exatamente do tamanho de todo ser humano.

E por acreditar perdi o medo de dizer, de falar, participar e até de cometer enganos.

E se errar?
Paciência, continuo vivendo por isso aprendendo.
E errar é humano.

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João Adolfo

VOANDO

VOANDO MAIS ALTO

Contam nossos avós que um aviador solitário retornava de viagem, quando foi
surpreendido por violenta tempestade.
Experiente, permaneceu tranqüilo, prosseguindo no rumo que para si mesmo
traçara.
Não seria a primeira tempestade que enfrentaria. E, com certeza, não seria a
última.
De repente, começou a ouvir um estranho ruído. De início, não deu maior
atenção. Contudo, pouco depois, o barulho aumentou, preocupando-o.
Começou a vasculhar sua cabine e se deparou com um rato roendo um dos canos
condutores de combustível.
Ele não sabia o que fazer para se livrar daquele importuno passageiro, que
poderia levá-lo à queda.
Não poderia agarrá-lo e jogá-lo para algum canto, porque nesses movimentos
poderia desestabilizar o avião.
Achou que poderia pousar em um aeroporto e se livrar do incômodo passageiro,
mas, por causa da tempestade, isso era impossível.
Enquanto maquinava em sua mente a atitude correta a tomar, percebeu que o
rato sofria para respirar na altura em que estavam.
Rapidamente, ele tomou a decisão e começou a voar mais alto, cada vez mais
alto.
Finalmente, o rato não suportou a altura e morreu.
O piloto então pode prosseguir a sua viagem, chegando a seu destino,
conforme desde o início planejara.

Na vida, somos surpreendidos, às vezes, por incômodas situações, semelhantes
à do piloto.
O avião em que nos encontramos é nossa própria vida e o passageiro
inesperado pode ser qualquer um.
Qualquer um que despeje calúnias e mentiras ao nosso redor, no intuito de
nos fazer cair.
Então, quando nos percebermos em iminente perigo de queda, desistindo de
prosseguir, façamos como o piloto.
Voemos mais alto, cada vez mais alto, deixando para trás os difamadores.
Todo caluniador, toda pessoa que a outrem deseja destruir o faz por inveja
ou por não conseguir chegar onde o outro está.
Assim, como eles não agüentam as grandes alturas, não mais nos alcançarão e
poderemos prosseguir nossa viagem, rumo às estrelas.
Que nada nos detenha. Não abandonemos a rota que traçamos de conquistas
positivas, de atitudes altruístas porque alguém nos joga lama, ou nos deseja
puxar para baixo.
Voemos mais alto. Olhemos sempre para cima, para o objetivo que desejamos
alcançar.
Seja ele a conquista de um diploma, uma carreira, um sonho. A vontade de
crescer, de ser melhor.
De ajudar alguém. De servir mais à comunidade. De ser um homem de bem.
Voemos sempre mais alto.

***

Se a maldade engendrar calúnias e colocar armadilhas em seu caminho, não se
entristeça.
Pense que aqueles que assim agem são infelizes por si mesmos. E prossiga no
seu propósito de ser melhor a cada dia.
Melhore sua disposição para as coisas positivas. Conquiste mais amigos a
cada passo. Imite os bons.
Tome providências felizes. Estude mais. Leia mais. Nunca perca o bom senso.
E voe sempre mais alto, cada vez mais alto.

Equipe de Redação do Momento Espírita com base em conto de autor
desconhecido.
MHM.19/08/2006.

SAMURAI

" Provocações... "

Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar o zen-budismo aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante.

O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta.

Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho aceitou o desafio.

Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre.

Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais.

Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.
No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

Desapontados pelo fato de que o mestre aceitar tantos insultos e provocações os alunos perguntaram:

Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?

Se alguém chega até você com um presente e você não o aceita, a quem pertence o presente? - perguntou o Samurai.

A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.

O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos, disse o mestre. Quando não são aceitos continuam pertencendo a quem os carregava consigo.

"A sua paz interior, depende exclusivamente de você.
As pessoas só podem lhe tirar a calma, se você permitir."

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João Adolfo

DIFICIL PROBLEMA

" Um difícil problema... "

Um grande sábio possuía três filhos jovens, inteligentes e consagrados à sabedoria.
Em certa manhã, eles altercavam a propósito do obstáculo mais difícil de vencer no grande caminho da vida.

No auge da discussão, prevendo talvez conseqüências desagradáveis, o genitor benevolente chamou-os a si e confiou-lhes curiosa tarefa.
Iriam os três ao palácio governante, conduzindo algumas dádivas que muito lhes honraria o espírito de cordialidade e gentileza.

O primeiro seria o portador de rico vaso de argila preciosa.
O segundo levaria uma corça rara.
O terceiro transportaria um bolo primoroso da família.

O trio fraterno recebeu a missão com entusiástica promessa de serviço para a pequena viagem de três milhas; no entanto, a meio do caminho, principiaram a discutir.

O depositário do vaso não concordou com a maneira pela qual o irmão puxava a corça delicada, e o responsável pelo animal dava instruções ao carregador do bolo, a fim de que não tropeçasse, perdendo o manjar: este último aconselhava o portador do vaso valioso, para que não caísse.

O pequeno séqüito seguia, estrada afora, dificilmente, entretanto cada viajante permanecia atento a obrigações que diziam respeito aos outros, através de observações acaloradas e incessantes.

Em dado momento, o irmão que conduzia o animalzinho, a fim de consertar a posição da peça de argila nos braços do companheiro, e o vaso, com as inquietações de ambos, escorrega, de súbito, para espatifar-se no cascalho poeirento. Com o choque, o distraído orientador da corça perde o governo do animal, que foge espantado, abrigando-se em floresta próxima.

O carregador do bolo avança para sustar-lhe a fuga, internando-se pelo mato a dentro, e o conteúdo de prateada bandeja se perde totalmente no chão. Desapontados e irritados, os três rapazes tornam à presença paterna, apresentando cada qual a sua queixa e a sua derrota.

O sábio, porém, sorriu e explicou-lhes:

Aproveitem o ensinamento da estrada. Se cada um de vocês estivesse vigilante na própria tarefa, não colheriam as sombras do fracasso.

O mais intrincado problema do mundo, meus filhos, é o de cada homem cuidar dos próprios negócios, sem intrometer-se nas atividades alheias.
Enquanto cogitamos de responsabilidades que competem aos outros, as nossas viverão esquecidas.

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João Adolfo

NECESSIDADE DE REFORMA

NECESSIDADE DE REFORMA


Vivemos tempos tormentosos.
Há guerras em várias partes do mundo.
Em nosso país, o cenário político e social é desolador.
Entre denúncias de corrupção e de venalidade, resta pouca fé nos homens
públicos.
A impunidade instiga novos desmandos.
O povo se mira nas figuras eminentes e procura encontrar no comportamento
destas, justificativa para seus próprios equívocos.
Levar vantagem parece um objetivo que se generaliza pelo corpo social.
A idéia do sucesso como resultado de um esforço continuado e metódico
torna-se pouco sedutora.
O famoso "jeitinho brasileiro" não mais significa criatividade, mas
esperteza e falta de caráter.
Muitos se indagam: Haverá futuro para uma sociedade assim constituída?
A história nos fornece inúmeros exemplos de civilizações que se corromperam.
Em Roma, no período do Império, os costumes e os valores degeneraram.
O filósofo e jurista Marco Túlio Cícero era profundamente angustiado com
esse estado de coisas.
Deixou inúmeros escritos que denotam sua preocupação com a corrupção que
invadia a vida pública romana.
Ele se preocupava com medidas populistas freqüentemente adotadas pelos
governantes.
Tais medidas atendiam a caprichos da multidão, mas sem educá-la ou
destiná-la a trabalho útil.
Quem trabalhava era fortemente tributado, a fim de que largos benefícios
fossem concedidos pelo estado.
Era, já naqueles tempos, a prática do assistencialismo, às custas dos
contribuintes.
Mas o que mais indignava Cícero era a corrupção e a troca de favores
envolvendo o dinheiro público.
Ao refletir sobre os vínculos fraternos, ele afirmou: "A primeira lei da
amizade é não pedir nem conceder nada de vergonhoso".
Disse ser uma desculpa indigna, em qualquer falta, admitir que se agiu em
favor de um amigo.
Bem se percebe a semelhança com a situação brasileira atual.
Ainda vivemos sob o regime do compadrio.
O dinheiro público é rateado entre alguns, como se fosse particular.
A humanidade evoluiu muito sob o prisma intelectual e científico, nesses
dois milênios.
Mas, embora alguns avanços, permanece titubeante no que tange à moralidade.
Em conseqüência, o mundo segue conturbado e carente de paz.
Na verdade, todos sofremos em razão da falta de ética.
A inadimplência faz com que os preços de produtos e serviços sejam maiores.
O desvio do dinheiro público dificulta a construção de creches, escolas e
hospitais.
Se queremos viver num mundo melhor, devemos nos empenhar em promover uma
reforma ética.
E toda mudança começa no indivíduo.
Para que a sociedade melhore, cada um deve esforçar-se em se aprimorar.
É imperativa a adoção de novos hábitos.
Chega de procurar levar vantagem, de fugir dos próprios deveres.
Basta de mentir, fraudar, sonegar e trair.
O patrimônio público é sagrado e todos são responsáveis por ele.
O dinheiro público não existe para ser apropriado por alguns, mas para
atender demandas relevantes da coletividade.
Impõe-se a severa fiscalização de sua utilização, como o cumprimento de um
dever.
Quando formarmos uma sociedade consciente de seus deveres, apenas por isso
já desfrutaremos de grande tranqüilidade.
Pensemos nisso.

DP 29/08/2006.
Equipe de Redação do Momento Espírita.

O DESERTO

Um homem estava viajando com seu jipe pelo deserto, até que seu jipe quebrou. Então, desesperado, o homem começou a caminhar.
Caminhou durante horas e horas até o anoitecer.

A noite no deserto é muito fria e o homem, já exausto, não tinha mais esperanças. Então ele começou a pensar que se não morresse de frio naquela noite, certamente no dia seguinte, com o sol ardente e o calor escasso, morreria de sede.

O homem adormeceu e quando amanheceu, não estava morto.

Completamente sem esperanças, abriu os olhos e viu que estava bem perto de um oásis, com pessoas e um imenso lago.

Moral da história:
Há sempre um oásis perto de nós, basta abrirmos nossos olhos e procurarmos que o acharemos.

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João Adolfo

LOUVOR

" Cânticos de Louvor "

Quando a vida começava no mundo, os pássaros sofriam bastante.

Pousavam nas árvores e sabiam voar, mas como haviam de criar os filhotinhos? Isso era muito difícil.

Obrigados a deixar os ovos no chão, viam-se, quase sempre, perseguidos e humilhados.

A chuva resfriava-os e os grandes animais, pisando neles, quebravam-nos sem compaixão.

E as cobras? Essas rastejavam no solo, procurando-os para devorá-los, na presença dos próprios pais, aterrados e trêmulos.

Conta-se que, por isso, as aves se reuniram e rogaram ao Pai Celestial lhes desse o socorro necessário.

Deus ouviu-as e enviou-lhes um anjo que passou a orientá-las na construção do ninho.

Os pássaros não dispunham de mãos; entretanto, o mensageiro inspirou-os a usar os biquinhos e, mostrando-lhes os braços amigos das árvores, ensinou-os a transportar pequeninas migalhas da floresta, ajudando-os a tecer os ninhos no alto.

Os filhotinhos começaram a nascer sem aborrecimentos, e, quando as tempestades apareceram, houve segurança geral.

Reconhecendo que o Pai Celeste havia respondido às suas orações, as aves combinaram entre si cantar todos os dias, em louvor do Santo Nome de Deus.

Por essa razão, há passarinhos que se fazem ouvir pela manhã, outros durante o dia e outros, ainda, no transcurso da noite.

Quando encontrarmos uma ave cantando, lembremo-nos, pois, de que do seu coraçãozinho, coberto de penas, está saindo o eterno agradecimento que Deus está ouvindo nos céus.

(Chico Xavier)

JUSTICA

JUSTIÇA

O quadro era muito triste. Olhamos aquela mulher outra vez. E a mente
rapidamente calculou os meses intermináveis que a detém ao leito de dores.
Contemplando-lhe o corpo minado pela enfermidade, o cansaço estampado
na face, a memória que a trai a cada instante, com imensos lapsos de
esquecimento do passado distante, quanto do ontem ainda presente,
confrangeu-nos o coração.
Imaginamos a sua vida de trabalho e operosidade. Mulher dinâmica,
valorosa, criou cinco filhos quase a sós. A profissão do esposo o mantinha
semanas a fio longe do lar.
Sempre foi ela quem decidiu, opinou, escolheu. Disciplina lhe foi nota
constante. Valor que passou aos cinco filhos. Disciplina de horários, na
palavra, na conduta.
Dinâmica e corajosa enfrentou enfermidades dos filhos, dificuldades
financeiras imensuráveis.
Os anos se somaram. Os filhos cresceram. Casaram e constituíram a
própria família.
Vieram os netos e a soma de trabalhos não cessou, pois que agora os
pequeninos lhe eram deixados à guarda, por horas, sim, desde que as forças
já não eram as mesmas da juventude ativa e sadia.
E então, quando o inverno dos anos lhe cobriu de neve os cabelos,
intensificaram-se as dores.
Morreram-lhe em curto espaço de anos, o esposo e três filhos, em
circunstâncias abruptas e trágicas.
Feneceram-lhe as forças e o coração ferido se deixou desfalecer.
Acresceram-se as inquietudes e a doença se instalou, vigorosa.
Olhando-a agora, sobre a cama, semi-desfalecida, recordamos os esforços
que fez para a preservação da vida dos filhos, pela sua educação.
Lembrando os anos de atividade e labuta, perguntamo-nos o porquê de
tanto sofrimento.
As pessoas dizem que é o ciclo natural da vida. Nascer, crescer,
enfermar, morrer.
Mas a pergunta não cala em nós. Desejamos resposta mais convincente.
Afinal, dói-nos na alma observar a debilidade e a dependência da
mulher-mãe, esposa, avó.
Enquanto oramos por ela, soam-nos aos ouvidos as exortações do
Evangelho de Jesus: "A cada um segundo as suas obras."
É como se pudéssemos, no recesso do espírito, escutar a voz do cantor
Galileu, em plena natureza.
Tornamos a olhar para o corpo da enferma e agradecemos a divindade.
Podemos agora entender a sua serenidade na dor.
Ela sabe que é a justiça de Deus que a alcança, permitindo-lhe o
resgate de faltas cometidas em dias passados, de existências anteriores.
Por isso ela sorri, ora, e espera. Aguarda os dias do reencontro com os
seus amores, afirmando convicta: "Quando Deus quiser, hei de partir. E estou
me esforçando para seguir viagem vitoriosa."

Você sabia?

Você sabia que ninguém sofre de forma injusta?
Se assim não fosse, não poderíamos conceber que Deus, nosso Pai, fosse
infinitamente justo e bom, pois puniria a bel prazer uns e outros,
concedendo felicidade a outros tantos.
Desta forma, cabe-nos cultivar a resignação ante os problemas que nos
atingem e não podem ter seu curso alterado, por nossa vontade.
Contudo, é sempre bom lembrar que cada um de nós, sobre a Terra, pode
se tornar instrumento da divindade, para aliviar a carga do seu irmão,
socorrendo-o.
Eis porque a fraternidade é um dever de todos.

MHM 08/12/1997
Equipe de Redação do Momento Espírita

ANOTE

" Anote Hoje "

Anote quanto auxílio poderá você prestar ainda hoje. Em casa, pense no valor desse ou daquele gesto de cooperação e carinho.

No relacionamento comum, faça a gentileza que alguém esteja aguardando conforme a sua palavra.

No grupo de trabalho, ouça com bondade a frase menos feliz sem passá-la adiante.

Ofereça apoio e compreensão ao colega em dificuldade.

Estimule o serviço com expressões de louvor.

Quanto puder, procure resolver problemas sem alardear seu esforço.

Em qualquer lugar, pratique a boa influência.

Desculpe faltas alheias, consciente de que você também pode errar.

Observe quanto auxílio poderá você desenvolver no trânsito, respeitando sinais.

Acrescente paz e reconforto à dadiva que fizer.

Evite gritar para não chocar a quem ouve.

Pague a sua pequena prestação de serviço à comunidade, conservando a limpeza, por onde passe.

Sobretudo, mostre simpatia e reconhecerá que o seu sorriso, em favor dos outros, é sempre uma chave de luz para que você encontre novas bênçãos de Deus.

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João Adolfo

GORIFICANDO

" Glorificando o Santo Nome "

O professor contou, em aula, que, no princípio da vida na Terra, quando os minerais, as plantas e os animais souberam que era necessário santificar o nome de Deus, houve da parte de quase todos um grande movimento de atenção.

Certas pedras começaram a produzir diamantes e outras revelaram ouro e gemas preciosas.

As árvores mais nobres começaram a dar frutos.

O algodoeiro inventou alvos fios para a vestimenta do homem.

A roseira cobriu-se de flores.

A grama, como não conseguia crescer, alastrou-se pelo chão, enfeitando a Terra.

A vaca passou a fornecer leite.

A galinha, para a alegria de todos, começou a oferecer ovos.

O carneiro iniciou a criação de lã.

A abelha passou a fazer mel.

E até o bicho-da-seda, que parece tão feio, para santificar o nome de Deus fabricou fios lindos, com os quais possuímos um dos mais valiosos tecidos que o mundo conhece.

Nesse ponto da lição, como o instrutor fizera uma pausa, Pedrinho perguntou:

- Professor, e que fazem os homens para isso?

O orientador da escola pensou um pouco respondeu:

Nem todos os homens aprendem rapidamente as lições da vida, mas aqueles que procuram a verdade sabem que a nossa Inteligência deve glorificar a Eterna Sabedoria, cultivando o bem e fugindo ao mal. As pessoas que se consagram às tarefas da fraternidade, compreendendo os semelhantes e auxiliando a todos, são as almas acordadas para a luz e que louvam realmente o nome de nosso Pai Celeste.

E, concluindo, afirmou:

O Senhor deseja a felicidade de todos e, por isso, todos aqueles que colaboram pelo bem-estar dos outros são os que santificam na Terra a sua Divina Bondade.


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João Adolfo

ATE QUANDO?

ATÉ QUANDO?

Existem situações muito tristes acontecendo em nossa sociedade, que não
aparecem nas manchetes.
É a triste realidade que vivem nossos jovens e adolescentes, com relação à
apologia da beleza, que deve ser cultivada a qualquer custo.
Os meios de comunicação que, na disputa pelos primeiros lugares do ibope,
não mostram as tragédias que assolam as almas frágeis das nossas crianças.
A anorexia é um desses problemas, que cada vez mais se alastra fazendo
vítimas.
Crianças e jovens que se recusam a comer, a ingerir qualquer líquido, porque
se acham demasiadamente gordos, embora estejam só pele e ossos.
Adolescentes que mutilam o corpo, ainda em formação, com cirurgias
plásticas, silicone, remédios para emagrecer, mesmo que isso lhes custe a
própria vida.
Jovens que não se conformam por não estar dentro dos padrões de beleza
estabelecidos pelas mídias, e entram em depressão, apatia profunda, chegando
a abandonar a vida pelas portas do suicídio.
Até quando suportaremos essa tirania da beleza?
Até quando permitiremos que nossos filhos e filhas sejam vítimas dessa
insanidade generalizada que se abate sobre a sociedade, impondo sofrimento e
dor?
Até quando consentiremos que os valores sejam invertidos de tal forma que a
vida passe a valer menos que a aparência física?
Desde quando a roupa vale mais do que quem a veste?
Desde quando o corpo vale mais do que o ser que o habita?
É imperioso parar um pouco para analisar os valores da vida, e evitar que
nossos jovens e crianças se percam nessa armadilha nefasta que é a ditadura
da aparência.
As mídias não mostram o sofrimento de pais que dariam tudo para que seu
filho ingerisse um pedaço de pão, um copo de água, para continuar
respirando...
Isso tudo acontece porque se convencionou estabelecer as medidas que um
corpo precisa ter, o tipo de cabelo que se deve ter, a estatura ideal.
Meu Deus! O corpo é o instrumento da alma, e não deve valer mais que a
própria alma!
A beleza do corpo está justamente no serviço que presta ao espírito, para
seu aperfeiçoamento intelecto-moral.
Quantos pais se dedicam, integralmente, ano após ano, a cuidar de filhos
cujo corpo é deformado, e encontram nessa tarefa sua razão de viver.
Sabem que a beleza que deve ser cultivada é a do ser imortal, que
sobreviverá ao corpo, que continuará seu aperfeiçoamento pela eternidade
afora.
É preciso pensar nisso, com a urgência que o assunto requer.
É imperioso que mães e pais não torturem seus filhos com a idéia de que
devam ser modelos de beleza física.
Mas para isso é preciso que esses pais também se dêem conta de que a
aparência física não é o fator mais importante na vida.
O corpo, por mais belo que seja, um dia será pó.
A alma que o habitava o abandonará, mais cedo ou mais tarde, mas não sairá
da vida.
É justo que eduquemos nossas crianças para uma alimentação saudável, por
questões de saúde.
É natural que queiramos nossos filhos bem dispostos, exercitando o corpo
para garantir seu bem-estar.
O que precisamos deter é essa tirania da beleza exterior, que não leva em
conta a verdadeira beleza que é a do espírito.
Pensemos nisso com carinho, e libertemos nossas crianças desses grilhões que
a ilusão da beleza padronizada pelas conveniências lhes impõem.

TC 09/06/2006
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

O PODER

O PODER DA DOÇURA

O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras.

Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos, ele foi tomando volume e se tornando um rio maior.

O viajante continuou a seguí-lo. Bem mais adiante, o que era um pequeno rio, se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.

A música das águas atraiu mais o viajante, que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente, uma gruta. A natureza criara, com paciência, caprichosas formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.

De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos, que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura de 1913:

"Não foi o martelo que deixou perfeitas
estas pedras, mas a água, com sua
doçura, sua dança e sua canção.
Onde a dureza só faz destruir,
a suavidade consegue esculpir."

Mensagem Esparsa

TEMPO FELIZ

FAÇA SEU TEMPO FELIZ


Se você caminha pelas estradas terrenas, cotidianamente, percebe o quanto
costumam ser negativas, pessimistas ou depressivas as expressões da vida de
cada um.
As falas diversas dos seus interlocutores, se é que você mesmo não se
enquadra nesse rol de negativas e de negatividades.
Jamais, ou poucas vezes, acha-se alguém com entusiasmo pela existência,
expressando tal entusiasmo.
Poucos bendizem as horas no corpo físico, com todos os seus acontecimentos a
facultar crescimento amplo ou diminuto.
Abrem-se os comentários da vida, habitualmente, pelas afirmativas de que as
coisas em torno estão muito ruins, quando menos, diz-se que as coisas estão
mais ou menos.
É de costume a pessoa lamentar-se pelos familiares que não são carinhosos,
que não são atenciosos, que não são dedicados.
De outro modo, fala-se que estão doentes, que são doentes, que são maus.
Vêem-se as conjunturas políticas e sociais do mundo com tamanho pessimismo,
que costuma-se asseverar que "não há mais jeito"; "que tudo vai de mal a
pior"; "nesse campo ninguém presta".
Os amigos são para esses negativos, verdadeiros traidores, que não merecem a
sua amizade; comenta-se que, em toda parte, o mal vai tomando dianteira.
Se o assunto é vício, drogas etc. Ouvem-se falas como "ninguém escapa";
"todo mundo usa"; "é uma calamidade".
O trabalho profissional é chato, cansativo, expiatório, e, então, para que
trabalhar?

Todavia, vale a pena meditar um pouco sobre tudo isso.
Pare um pouco e pense sobre a sua vida, seus objetivos.
Melhore o nível psíquico do seu dia-a-dia. Você não precisa ser deficiente
intelectual diante dos fatos do mundo.
Porém, mesmo sabendo das coisas equivocadas que se passam no mundo a sua
volta, procure extrair o melhor de cada dia.
Tente observar as coisas boas, bonitas, formosas que estão acontecendo ao
seu derredor.
Você pode atrair bênção ou tormentos, luz ou sombra, tristeza ou alegria. Só
depende da sua própria disposição.
Aprenda a extrair o que há de melhor na terra, ao redor dos seus passos.
Busque fazer o seu dia brilhante, feliz, inaugurando, onde se move, o regime
de otimismo, de alegrias.
Trabalhe de tal maneira que a sua sensibilidade seja passada a todas as
pessoas que estão ao seu redor.
Entusiasme-se com a sua saúde e a dos seus.
Sorria, a cada manhã, com o passeio do sol nas avenidas azuis do céu...
Agradeça ao Senhor supremo pela família, pela saúde, pelas chances de
estudar, de trabalhar, sem maiores problemas.
Erga a sua oração ao Criador e, sintonizando nas faixas felizes do bem,
transforme a sua existência no mundo físico num campo de muito boas
realizações.
Faça do seu dia um dia venturoso, realizando a sua parte para que todo o
mundo melhore, se aprimore, com um pouco do seu esforço.
Pense nisso!

TC 22/09/2006
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em mensagem do Espírito
Joanes, psicografada pelo médium J. Raul Teixeira, em 15/03/2000, na
Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói - RJ.

EXISTE DEUS?

Conta-se que Buda, o grande líder religioso, estava reunido com seus discípulos certa manhã, quando um homem se aproximou e perguntou:

- Existe Deus?

O mestre penetrou no olhar do desconhecido por alguns segundos e respondeu objetivamente:

- Sim, Deus existe.

O tempo passou e, após o almoço, um outro homem se acercou do sábio e questionou:

- Existe Deus?

Buda fitou o homem rapidamente, e logo lhe respondeu:

- Não, não existe.

Ao final da tarde, então, uma terceira pessoa se achegou a ele, e lhe fez a mesma pergunta:

- Mestre, existe Deus?

O sereno e experiente sábio procurou os olhos do questionador, e explicou:

- Você é quem irá decidir.

O homem se afastou pensativo e logo os discípulos de Buda lhe exigiram satisfações:

Mestre, que absurdo! – disse o mais surpreso deles – como o senhor dá respostas diferentes para a mesma pergunta?

Com paciência e tranqüilidade, respondeu então o iluminado:

- Porque são pessoas diferentes! E cada uma delas se aproximará de Deus à sua maneira: através da certeza, da negação e da dúvida.



O fundador do budismo estava certo: somos pessoas diferentes, almas que já viveram as mais diversas experiências através das inúmeras existências.

Assim, cada um de nós irá se aproximar da verdade da sua forma. E esta é uma das razões pela qual encontramos no mundo religiões diferentes, crenças distintas, e as mais diversas formas de interpretar a verdade.

Cada uma dessas interpretações aplica-se a um grupo de espíritos, conforme suas necessidades naquele momento da sua evolução.

É por essa razão que não podemos criticar as crenças que divergem da nossa, pois cada um encontrará a verdade de uma maneira e cada um encontrará a religião, a doutrina que lhe preencha a alma, que lhe complete, que lhe console.

Não podemos jamais ter a pretensão de que a nossa seja a melhor crença.

Ela é a melhor sim, para nós, para nossos anseios, para as nossas necessidades pessoais, mas nunca teremos o direito de impor, de converter alguém à força, à doutrina que abraçamos.

É muito importante lembrar da lição de Buda, que nos convida à reflexão, e à mudança de atitudes em relação à liberdade de crença.

Cada um de nós se aproximará de Deus à sua maneira: através da certeza, da negação, ou da dúvida.

Você sabia?

Você sabia que Kardec, na primeira obra da codificação, questiona aos espíritos por que sinal se poderá reconhecer a religião que realmente seja a expressão da verdade?

A resposta dos espíritos foi a seguinte:

“Será aquela que fizer mais homens de bem e menos hipócritas, quer dizer, praticantes da lei de amor e caridade na sua maior pureza e na sua mais larga aplicação.”



Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, baseado no livro Maktub, de Paulo Coelho, 1.a edição e em “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec, questão 842.

LUZ

" Luz em ti... "

É um tesouro inigualável, teu somente.

Ninguém dispõe dele em teu lugar.

Nas horas mais difíceis, podes gastá-lo sem preocupação.

Quando alguém te fira, é capaz de revelar-te a grandeza da alma, no brilho do perdão.

No momento em que os seres mais queridos porventura te abandonem, será parte luminosa de tua bênção.

Ante os irmãos infelizes, é o teu cartão de paz e simpatia.

Nos empreendimentos que te digam respeito ao próprio interesse, converte-se em passaporte para a aquisição das vantagens que desejes usufruir.

No relacionamento comum, transforma-se na chave para a formação das amizades fiéis.

Na essência, é um investimento, a teu próprio favor, que realizas sem o menor prejuízo.

Esse tesouro é o teu sorriso, - luz de Deus em ti mesmo, - que nenhuma circunstância pode extinguir e que ninguém consegue arrebatar.

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João Adolfo

PRIMEIRAMENTE

" Primeiramente... "

Primeiramente, observa o coração, iluminando os próprios sentimentos, acerca dos semelhantes, para que não envenenes os sentimentos alheios em torno de teus passos.

Primeiramente, pensa na felicidade daqueles que te rodeiam, aprendendo a exercitar-te nas pequeninas renúncias de cada dia, a fim de que a tua felicidade lance raízes inextirpáveis no solo do bem eterno.

Primeiramente, desculpa nos companheiros de caminhada todos os erros com que te feriram a própria alma, para que sejas tolerado no dia de tua vacilação ou de tua queda, de modo a te reergueres com segurança.

Primeiramente, cultiva a bondade que sabe ver nas cicatrizes do próximo sinais de experiência e flagelação sem o azedume dos que se especializam na posição de contumazes inquisidores, e as tuas mazelas e sofrimentos irradiarão apelos ao concurso fraterno, grangeando-te a bênção da simpatia.

Primeiramente, ama e compreende, auxilia e perdoa para que sejas auxiliado e entendido sempre.

Primeiramente, acendamos a luz em nós e descobriremos sem dificuldade a luz que brilha nos outros.

Procedendo assim, estaremos também buscando primeiramente o Reino de Deus, nos mínimos atos de nossa vida, sem necessidade de muitas súplicas, na Terra, porque, então, todas as bênçãos do Céu ser-nos-ão acrescentadas.

..............................

João Adolfo

INGREDIENTES

Ingredientes do Êxito


O êxito espera por você, tanto quanto, vem exaltando quantos lhe alcançaram as diretrizes.
Largue qualquer sombra do passado ao chão do tempo, qual a árvore que lança de si as folhas mortas.
Não se detenha, diante da oportunidade de servir.
Mobilize o pensamento para criar vida nova.
Melhore os próprios conhecimentos, estudando sempre.
Saliente qualidades e esqueça defeitos.
Desenvolva seus recursos de simpatia e evite qualquer
Impulso de agressão.
Se você pode ajudar, em auxílio de alguém, faça isso agora.
Enriqueça seu vocabulário com boas palavras.
Aprendendo a escutar, você saberá compreender.
A melhor maneira de extinguir o mal será substituí-lo com o bem.
Destaque os outros e os outros destacarão você.
Viva o presente, agindo e servindo com fé e alegria sem afligir-se
Pelo o futuro, porque, para viver amanhã, você precisará viver hoje.
Habitue-se a sorrir.
Recorde que desalento nunca auxiliou a ninguém.
Não permita que a dificuldade lhe abra porta ao desânimo porque a dificuldade é o meio que a vida se vale para melhorar-nos em habilitação e resistência.
Ampare-se, amparando os outros.
Censura é uma fórmula das mais eficientes para complicar-se.
Abençoe a vida e todos os recursos da vida onde você estiver.
Nunca desconsidere o valor da sua dose de solidão,
A fim de aproveitá-la em meditação e reajuste das próprias forças.
Observe, todo o tempo é tempo de DEUS para restaurar
e corrigir, começar e recomeçar.

(André Luiz / Francisco Cândido Xavier)

SUPERANDO

SUPERANDO A DOR

No dia 28 de julho de 1976, a cidade industrial de Tangshan foi
completamente arrasada por um terremoto apavorante. 300 mil mortos.
O fato ficou famoso como símbolo do colapso total das comunicações da china
naquela época.
A preocupação das autoridades era com a crise pela morte de Mao Tsétung e
duas outras importantes personalidades.
A notícia do terremoto acabou chegando ao governo através da imprensa
estrangeira.
Muitas mulheres ficaram sem marido e viram seus filhos desaparecer em
abismos profundos.
Chen foi uma delas. Naquela manhã de julho, antes de clarear, ela foi
despertada por um som estranho.
Era uma espécie de ronco surdo e um assobio, como se um trem estivesse se
espatifando contra as paredes da casa.
Quando ia gritar, metade do quarto cedeu e a cama onde estava deitado o
marido, foi tragada por um buraco enorme.
O quarto das crianças, que ficava do outro lado da casa, como um cenário de
um palco apareceu à sua frente.
O filho mais velho estava de olhos arregalados e boca aberta. A menina
chorava e gritava, estendendo os braços para a mãe.
O filhinho pequeno continuava dormindo calmamente.
A cena à sua frente sumiu de repente como se uma cortina tivesse caído.
Chen acreditou que estava tendo um pesadelo e se beliscou. Não acordou.
Então, espetou a perna com uma tesoura.
Sentindo a dor e vendo o sangue, entendeu que não era um sonho.
Gritou como louca. Ninguém ouviu. De todos os lados vinha sons de paredes
desmoronando e de móveis quebrando.
Ela ficou ali, com a perna ensangüentada, olhando para o buraco enorme que
tinha sido a outra metade da sua casa.
Seu marido e suas lindas crianças tinham desaparecido diante dos seus olhos.
Sentiu vontade de chorar, mas não tinha lágrimas. Simplesmente não queria
continuar vivendo.
Vinte anos depois, contando esta história a uma jornalista, Chen confessa
que quase todo dia, ao amanhecer, ouve um trem roncando e apitando, junto
com os gritos dos seus filhos.
Os pesadelos a machucam, mas ela diz que os suporta porque neles estão
também as vozes dos seus filhos.
E quem pensa que Chen vive somente a lamentar e a chorar a perda dos seus
amores, engana-se.
Ela, junto a outras mães que perderam seus filhos no terremoto de 1976,
fundaram um orfanato, com o dinheiro da indenização que receberam.
É um orfanato sem funcionários. Alguns o chamam de uma família sem homens.
Vivem ali algumas mães e dezenas de crianças. Cada mãe ocupa um aposento
grande com 5 ou 6 crianças.
Os aposentos do orfanato foram decorados com uma infinidade de cores, de
acordo com o gosto das crianças. Cada quarto com seu estilo de decoração.
Bem diferente dos orfanatos tradicionais da china.
Ao ser questionada como se sente hoje, naquele voluntariado, confessa Chen:
"muito melhor. Especialmente à noite. Fico olhando enquanto as crianças
dormem. Sento ao lado delas, seguro suas mãos contra o meu rosto. Beijo-as e
agradeço a elas por me manterem viva. É um ciclo de amor. Dos velhos para os
jovens e de volta para os velhos."
***
Por vezes, quando a dor nos visita, nos enclausuramos nela, acreditando que
a nossa é a dor maior do mundo.
O exemplo de Chen nos dá a dimensão da dor e nos ensina como lidar com ela:
atender o próximo que também sofre.
Afinal, sempre que olharmos para trás encontraremos criaturas mais
intensamente feridas do que nós mesmos. E no atendimento às suas feridas,
encontraremos o alívio que buscamos.
Tudo porque o toque delicado do amor é o curativo perfeito para as próprias
chagas abertas no coração.

Equipe de Redação do Momento Espírita com base no cap. As mães que sofreram
um terremoto, do livro As boas mulheres na China, de autoria de Xinran, ed.
Companhia das letras.

NAO DESISTA

" Não desista - Olhe para cima... "

- Eu desisto! O homem gritou. - Não agüento mais!

Todos ao redor dele continuaram seus trabalhos. Alguns nem levantaram a cabeça.
- Está ficando louco, alguém disse calmamente enquanto ele andava nervosamente.

O homem sentou-se rapidamente. Alguns zombavam dele por causa da explosão. Ele colocou a cabeça nas mãos e ficou olhando para o chão.
- Eu desisto! Gritou novamente.

Um jovem que estava por perto parecia não achar o ataque divertido. Enquanto todos mantinham distância, ele se aproximou.
- Senhor! O senhor! O rapaz chamou com insistência.

Tão envolvido estava em sua angústia, o homem não ouviu o jovem. Determinado a conversar com o homem, o jovem chegou ainda mais perto.
- Senhor! Eu sei o que há de errado! Disse ele. - Por favor, senhor!

O homem se jogou para a frente em sua cadeira, olhou lentamente de um lado para o outro. Mas ainda não respondeu.

O jovem, agora mais perto ainda, colocou sua mão no ombro do estranho. Este se assustou e levantou a cabeça para ver quem estava ali.

O menino ficou receoso a princípio, levado por sua aparência. Seus olhos vermelhos, o rosto sem barbear e o cabelo parecendo não ser lavado há muitos dias, faria com que a maioria das pessoas cautelosamente o evitasse. Mas aquele rapaz não era qualquer um.
- Senhor, eu sei o que há de errado, o jovem cochichou.
- O que? Como saberia o que há de errado comigo? Você é apenas uma criança. Você sequer saber o que é errado, disse o homem.
- Senhor. Disse o jovem - Desistir está errado!

- Sim, e daí?
- Minha mãe me ensinou a nunca desistir. Ela disse que sempre que eu me sentir querendo desistir, eu preciso apenas olhar para cima. A mão de Deus estará ali, para me levantar.

A cabeça do homem caiu de volta em suas mãos enquanto começava a chorar novamente. O jovem menino não saiu de seu lado.

Lentamente, o homem levantou a cabeça, olhou para o jovem menino e lhe estendeu as mãos. No exato momento em que suas mãos tocaram as do menino, o homem disse,
- Obrigado querido Deus! Você me ama.

E com um sorriso jamais tão leve, ele disse,
- Em minha frustração eu estive zangado com Deus. Pensei que Ele nunca ouviria minhas orações. A cada manhã eu orei a Ele sem nenhum resultado. Finalmente, pedi um sinal à Deus. Falei que eu não podia lidar com o peso de toda a minha carga. Implorei que Ele me desse uma mão.

Olhando fixamente para os olhos do jovem, ele completou,
- Eu não esperava que fossem tão pequenas... Ele me mandou as suas.

- Então, não desista... olhe para cima! O menino disse.

..............................

João Adolfo

DESENVOLVENDO

DESENVOLVENDO ENFERMIDADES...


Quando a médica chegou ao quarto do seu paciente de 8 anos, que era portador
de um câncer terminal, viu um outro menino, sentado à janela.
Como os pais falassem somente a respeito do doente, ela deduziu que aquele
garotinho devia ser um vizinho, um coleguinha do enfermo, em visita.
Depois de algum tempo, descobriu que ele era o irmão menor. Tinha 7 anos e
parecia estar alheio a tudo.
Para alguém preparada para lidar com a morte, pois sua especialidade é
tratar de doentes terminais, a dra. Elisabeth diagnosticou que o maior
enfermo era aquele.
Assim, ao concluir a consulta, pediu a ele se o poderia levar até seu carro.
"Eu?" - falou, reagindo à sua presença, pela primeira vez.
"Sim, você!" E dirigiu aos pais um olhar, como a lhes dizer: "deixem-me
sozinha com ele!"
Ela o convidou a entrar em seu carro e ele logo expressou: "acho que você
sabe que tenho asma."
E continuou tristemente: "mas isso não adianta muito."
"Como assim, não adianta muito?"
Era grande o drama daquele menino de 7 anos. Carregava o peso de não se
sentir amado.
Os pais, contou, davam tudo ao irmão, porque tinha câncer e talvez não
vivesse muito mais.
Compraram-lhe trens elétricos, levaram-no à Disneylândia. Nada era pouco
para quem poderia morrer a qualquer momento.
"Para mim", disse choroso, "quando pedi a meu pai uma bola de futebol, ele
disse não. E quando lhe perguntei por que não, ele ficou muito zangado e
disse: você preferiria ter um câncer?"
Imaginemos a tragédia íntima desse menino de apenas 7 anos. A mensagem que
recebeu foi a de que não era suficientemente doente para ter um desejo
atendido.
Na sua cabecinha, a idéia era: se meu irmão consegue brinquedos melhores à
medida que fica mais doente, talvez eu não esteja doente o bastante. Preciso
ficar mais doente.
A história, que é verídica, nos leva a pensar em como, em nossa dor, por
vezes, nos tornamos injustos.
Esquecemos que todos os filhos devem se sentir amados. Mesmo que um deles
nos exija maiores cuidados, por questões próprias, não podemos e nem devemos
esquecer os demais.
Uma criança, assim relegada, pode desenvolver o que se chama de doença
psicossomática.
Quanto mais adoece, maior o presente que ele acha que vai receber.
Quando se tornar adulto, pode se tornar um grande manipulador. Sempre que
quiser alguma coisa, terá um ataque cardíaco dramático. Ou um ataque de
asma.
Ou, pode até vir a desejar que o irmão logo se vá, porque então as atenções
retornarão para ele, o filho que sobrou.
Naturalmente, isso desenvolverá nele um sentimento de culpa, que o poderá
martirizar pelo resto da vida.
Um garotinho assim precisa de alguém que o ajude a expressar a sua tristeza,
para que sua tristeza não o adoeça ainda mais.
Precisa de quem saia com ele e lhe mostre que não há necessidade de ficar
doente para ter atenção.
Todas as crianças precisam de amor e se o recebem, não terão que desenvolver
doença alguma para competir com quem quer que seja. Até mesmo com um irmão
enfermo.
Pense nisso
As crianças entendem tudo literalmente. Na qualidade de pais ou educadores,
necessitamos aprender a controlar o que dizemos e como nos expressamos.
Em nossas vidas, podemos realizar um grande trabalho de medicina e de
psiquiatria preventiva, se fizermos as crianças entenderem que não precisam
ficar doentes para serem amadas.
Desde cedo, devem receber a mensagem de que o amor é incondicional.
Pensemos nisso!

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. O casulo e a
borboleta, do livro O túnel e a luz, de autoria da Dra. Elisabeth
Kübler-Ross, ed. Verus.

Pensamentos

Sob acusações que reconhece imerecidas,
olvida o mal e não alimentes o fogo da discórdia.

O rosto mostra o que você pensa.

Idéias tristes ou alegres são estampadas na face. Inveja, ambição, orgulho, ódio, tristeza, desânimo, encabrunham você.

Enfeiam-no. Envelhecem-no. Trazem doença e morte.

Pensamentos de ajuda, de altruísmo, de dedicação, de trabalho sadio, elevam você.

Embelezam-no. Lhe dão fisionomia alegre e descansada.

Fazem-no aparentar mais novo. Carreiam saúde.

Por isso, seja otimista.

Olhe a vida com alegria.

Cuidar do interior é a melhor forma de preservar o exterior.

Extraído de Gotas de Esperança

terça-feira, outubro 17, 2006

CHORO

Choro da Estrela

[Desconheço o Autor]
Enviada por (em pps): Laura Nuness



Estava Deus a caminhar sossegadamente pelo universo...
Contemplava sua criação e, aproveitando o passeio, verificava se tudo estava correndo bem.
Em certo ponto de sua caminhada, deparou-se com uma de suas estrelas, num choro convulsivo...
A pobre estrela, aos prantos, declarou: - Sabe, meu Pai... não consigo achar uma razão para a minha existência...
O sol fornece calor, luz e energia às pessoas...
As estrelas cadentes incentivam paixões e sonhos...
Os cometas, geram dúvidas e mistérios...
E eu, aqui... parada...
Quando Deus ia dar explicações à estrela, foi interrompido por uma voz que vinha de longe...
Era uma criança, pequena, que caminhava com sua mãe, em um dos planetas da região.
A criança dizia à sua mãe:
- Veja mamãe! O dia já vai nascer!
A mãe ficou meio confusa... Como podia ele saber que o sol já nasceria, se ainda estava tão escuro?
- Como você sabe disso, meu filho?
- Veja aquela estrela! Papai me disse que ela anuncia o novo dia.
Ela sempre aparece pouco antes do sol, e aponta o lugar de onde o sol vai sair...
Ouvindo aquilo, a estrela ficou emocionada...
E Deus então falou:
- Sabes agora o motivo de tua existência? Tudo o que criei, fiz por alguma razão.
És a estrela que anuncia o novo dia. E com o novo dia, renovam-se as esperanças, os sonhos...
Serves, também, para orientar os homens. Ao te ver, sabem que não estão perdidos, sabem qual o seu destino.

A estrela sentiu uma alegria celestial invadindo sua vida, e a partir de então, ela brilhou cada vez mais.
Porque sabia que era importante e indispensável ao ciclo da vida.
Todos nós temos uma razão para estarmos aqui...
Mesmo se não soubermos qual é exatamente esta razão, devemos viver a vida intensamente, semeando amor e espalhando alegria...
E estaremos iluminando nossas próprias vidas.

http://ciganodasalmas.blogspot.com/2006/03/choro-da-estrela.html

CAMINHOS




CAMINHOS DA VIDA

Quando cortas uma flor para ti, começas a perdê-la... porque murchará em tuas mãos e não se fará semente para outras primaveras.

Quando aprisionas um passarinho para ti, começas a perdê-lo... porque não mais cantaráno bosque para tinem criará outros passarinho sem seu ninho.

Quando guardas teu dinheiro começas a perdê-lo... porque o dinheiro não vale por si,mas pelo o que com ele se pode fazer.

Quando não arriscas tua liberdade para tê-la,começas a perdê-la... porque a liberdade que tens se comprova quando te atiras optando e decidindo.

Quando não deixas partir o teu filho para a vida, começas a perdê-lo... porque nunca o verás voltar para ti livre e maduro.

Lembre-se sempre : Não existe preço para a Liberdade , mas uma belíssima recompensa para quem a utiliza com desprendimento de alma ...

Ter para sempre , junto à si a Fidelidade daqueles que livres dos grilhões , se comprazem em serem seus eternos admiradores !

Quem Ama ... Liberta com a certeza da volta espontânea ao aconchego!

Aprende no caminho da vida
A paradoxal lição da experiência:
Sempre ganhas o que deixas
E perdes o que reténs...

[D.A.]

PEDRAS

AS PEDRAS

Certa vez, um homem caminhava pela praia, numa noite de lua cheia...
Ele pensava desta forma:
se tivesse um carro novo, seria feliz; se tivesse uma casa grande, seria feliz; se tivesse um excelente trabalho, seria feliz; se tivesse uma parceira perfeita, seria feliz...
Até que ele tropeçou em uma sacolinha cheia de pedras.
Por conta disso, ele começou a jogar as pedrinhas, uma a uma, no mar, cada vez que dizia:
Seria feliz se tivesse...
Assim o fez até que ficou com uma s pedrinha na sacolinha e decidiu guardá-la.
Ao chegar em casa, percebeu que aquela pedrinha, tratava-se de um diamante muito valioso.
Você imagina quantos diamantes ele jogou ao mar sem parar para pensar?
Assim são as pessoas...
Jogam fora seus preciosos tesouros por estarem esperando o que acreditam ser perfeito ou sonhando e desejando o que não têm, sem dar valor ao que tem perto delas.
Se olhassem ao redor, parando para observar, perceberiam quão afortunadas são. Muito perto de si está sua felicidade. Cada pedrinha deve ser observada... Ela pode ser um diamante valioso!
Cada um de nossos dias pode ser considerado um diamante precioso e insubstituível.
Depende de cada um aproveitá-lo ou lançá-lo ao mar do esquecimento para nunca mais recuperá-lo.
E você, como anda jogando suas pedrinhas?

A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.

[AUTOR DESCONHECIDO]

http://ciganodasalmas.blogspot.com/2006/03/as-pedras.html

ANTES

Antes de Julgares

Antes de julgares, saiba que teus olhos atentos aos possíveis erros dos outros podem estar cegos diante dos teus. Antes de julgares, percebe que aquilo que tanto recriminas hoje, talvez precise ser a tua realidade de amanhã. Antes de julgares, repara que toda história tem duas versões e duas versões são duas verdades.
Antes de julgares, aceita que invariavelmente uma parte, por menor que seja, de uma história, tu não terás acesso. Antes de julgares, entende que não serão mil bocas que te esclarecerão qualquer coisa, elas apenas te confundirão. Antes de julgares, escuta o silêncio, ele costuma fornecer grandes dados.
Antes de julgares, observa os olhos, eles são mais reveladores do que as bocas. Eles deixam provas irrefutáveis da verdade. Antes de julgares, presta atenção à tua volta. Quantos foram condenados injustamente por mestres em julgamento? Antes de julgares, lembra que tu mesmo já foste vítima de calúnias e por vezes não tiveste como te defender delas.
Antes de julgares, olha-te no espelho, observa com atenção o teu semblante, pensa na tua vida pregressa e questiona-te se estás em condição de julgar alguém. Antes de julgares, recorda-te que Cristo foi julgado, condenado e crucificado sem direito à defesa.


Desconheço a autoriaEnviada por (em pps): Rosangela Aam

http://ciganodasalmas.blogspot.com/2006/03/antes-de-julgares.html

ILHA

A Ilha dos Sentimentos

[Desconheço o Autor]

Era uma vez uma ilha, onde viviam todos os sentimentos e os valores dos homens:
O Bom Humor, a Tristeza, o Saber... assim como todos os outros, inclusive o Amor.
Um dia foi anunciado aos sentimentos que a ilha estava para afundar, então prepararam todas as suas embarcações e partiram, só o Amor quis esperar até o último momento.
Quando a ilha chegou ao ponto de afundar, o Amor decidiu pedir ajuda.
A Riqueza passou perto do Amor em um barco luxuosissimo e o Amor perguntou:

- Riqueza, pode me levar com você?

-Não posso tenho muito ouro e prata em meu barco e não tenho lugar para você!
O Amor agora decide pedir ao Orgulho que estava passando em um magnífico veleiro:
-Orgulho te peço, pode me levar com você?
-Não posso te ajudar, Amor...“
Respondeu o Orgulho:
-Aqui está tudo perfeito... Você poderia estragar o meu barco.
Agora o Amor pediu a Tristeza que passava por perto :
-Tristeza te peço, deixa-me ir com você?
-Oh Amor...
Respondeu a Tristeza:
- Estou tão triste que nescessito de estar
sozinha.
Também o Bom Humor passou ao lado do Amor, mas estava tão contente que não sentiu que o estavam chamando...
De repente uma voz disse:
-Venha Amor, te levo comigo...
Era um velho que havia falado.
O Amor se sentiu tão reconhecido e pleno de contentamento que esqueceu de perguntar o nome do velho.
Quando chegaram em terra firme, o velho se foi.
O Amor se deu conta e perguntou ao Saber:
- Saber, pode me dizer quem me ajudou?
- Sim... Foi o Tempo.
Respondeu o Saber.
-O Tempo?
Indagou o Amor...
- Mas porque o Tempo me ajudou?.
O Saber pleno de sabedoria respondeu:
- Porque só o Tempo é capaz de compreender quanto o Amor é importante na vida!!!

http://ciganodasalmas.blogspot.com/2006/03/ilha-dos-sentimentos.html

SAUDADE

A Saudade que Fica...

Marilene Laurelli Cypriano

Todas as pessoas que passam pelas nossas vidas deixam as suas marcas num ir e vir infinito.
As que permanecem é porque simplesmente doaram seus corações para entrar em sintonia com a nossas almas.


As que se vão, nos deixam um grande aprendizado...

Não importa que tipo de atitude tiveram, mas com elas aprendemos muito...
Com as vaidosas e orgulhosas aprendemos que devemos ser humildes...

Com as carinhosas e atenciosas aprendemos a ter gratidão...

Com as duras de coração aprendemos a dar o perdão...

Com as pessoas que passam pelas nossas vidas aprendemos também a Amar de várias formas... com amizade, com dedicação, com carinho, com atenção, com atração, com paixão ou com desejo...

Mas nunca ninguém nos ensinou e nunca aprenderemos como reagir diante da "SAUDADE" que algumas pessoas deixaram em nós.

http://ciganodasalmas.blogspot.com/2006/03/saudade-que-fica.html

PESSOA

A Pessoa Ideal

Roberto T. Shinyshik

Enquanto a pessoa ideal não chega, eu vou bebendo muito, fumando e deixando a vida correr. Mas, quando essa pessoa aparecer, vou ter uma vida calma.
Bem... afinal, só tenho 20 ANOS...

Enquanto não chega, resolvo trabalhar muito, ler tudo o que puder, aproveitar as gulodices da vida, pois, quando a pessoa ideal chegar, eu quero estar em boa situação financeira, para curtirmos a vida.
Afinal, só tenho mesmo 30 ANOS...

É verdade que agora já não tenho um corpo jovem, nem aquela disposição toda, e faço exercícios mais lentos. Já não tenho pressa em encontrar meu par ideal, mas sei que um dia virá.
Afinal, só tenho 40 ANOS...

Quanta cultura e sabedoria acumulei em todos esses anos... Agora, já não me serve qualquer um. Não gosto de qualquer conversa e já não tolero determinadas atitudes.
Tenho 50 ANOS e muita esperança de encontrar a pessoa ideal, agora que estou em plena maturidade e sei exatamente o que quero...

A realidade me acordou hoje, somente aos 60 ANOS...
Meu coração bate com uma certa tristeza! Neste momento, penso em quantos milhares de amores interessantes cruzaram o meu caminho...

Por onde seguiram? Sós, como eu? Por que tanta chance perdida? Tanta intolerância?
Eu era apenas um botão, pronto para desabrochar, e ninguém percebeu isso.

Nem mesmo eu...

http://ciganodasalmas.blogspot.com/2006/03/pessoa-ideal.html

CONSCIENCIA

CONSCIÊNCIA DE SUA MISSÃO...

Freqüentemente, eu me pergunto: "O que cada um de nós está fazendo neste planeta?"Se a vida for somente tentar aproveitar o máximo possível as horas e os minutos, esse filme é bobo. Tenho certeza de que existe um sentido melhor em tudo o que vivemos.

Para mim, nossa vinda ao planeta Terra tem, basicamente, dois motivos: evoluir espiritualmente e aprender a amar melhor.
Todos os nossos bens, na verdade, não são nossos.Somos apenas as nossas almas. E devemos aproveitar todas as oportunidades que a vida nos dá para nos aprimorarmos como pessoas.

Portanto, lembre-se sempre que os seus fracassos são sempre os melhores professores e que é nos momentos difíceis que as pessoas precisam encontrar uma razão maior para continuar em frente.
As nossas ações, especialmente quando temos de nos superar, fazem de nós pessoas melhores. A nossa capacidade de resistir às tentações, aos desânimos, para continuar o caminho, é que nos torna pessoas especiais.

Ninguém veio a essa vida com a missão de juntar dinheiro e comer do bom e do melhor.
Ganhar dinheiro e alimentar-se bem fazem parte da vida, mas, não podem ser a razão de viver.Tenho certeza de que pessoas como Martin Luther King, Mahatma Ghandi, Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Betinho e tantas outras anônimas, que lutaram e lutam para melhorar a vida dos mais fracos e dos mais pobres, não estavam motivadas pela idéia de ganhar dinheiro.
O que move, então, essas pessoas generosas a trabalhar diariamente, sem jamais desistir?

A resposta é uma só: a consciência de sua missão nesta vida.
Quando você tem a consciência de que, através do seu trabalho, está realizando sua missão, você desenvolve uma força extra, capaz de levá-lo ao cume da montanha mais alta do planeta.Infelizmente, muita gente se perde nesta viagem e distorce o sentido de sua existência, pensando que acumular bens materiais é o objetivo da vida.
E quando chega no final do caminho percebe que o caixão não tem gavetas e que só vai poder levar daqui o bem que fez às pessoas.
Se você tem estado angustiado sem motivo aparente, está aí um aviso para parar e refletir sobre o seu estilo de vida.

Escute a sua alma: ela tem a orientação sobre qual caminho seguir. Tudo na vida é um convite para o avanço e a conquista de valores, na harmonia e na glória do bem.

Roberto Shinyashiki *
Enviada por (em pps): Rosangela Aam


http://ciganodasalmas.blogspot.com/2006/03/conscincia-de-sua-misso.html

VIDA

FORMAÇÃO PARA A VIDA

Reinaldo era um jovem príncipe, herdeiro de um grande reino. Toda
manhã, ao despertar, recebia uma lista de tarefas que devia cumprir.
Tarefas que o deixavam muito zangado, porque iam desde limpar os seus
sapatos e vestes reais, organizar brinquedos e jogos, até lavar e
escovar seu cavalo e organizar o seu quarto.
Embora não gostasse, em respeito a seu pai, o rei, ele obedecia. Mas
não deixava de ficar olhando as terras e os campos infindáveis que
pertenciam à sua família. Também os rebanhos, palácios e os súditos.
No palácio, onde vivia, existiam muitos criados prontos para executar
todas as tarefas. Por isso mesmo é que o príncipe não entendia porque ele
mesmo tinha que limpar os seus sapatos.
Certo dia, ele foi convidado a visitar um pequeno reino para conhecer
um príncipe de sua idade, com o intuito de estreitar amizade.
O contato com o herdeiro daquele reino fez Reinaldo pensar ainda mais
em como ele era injustiçado. É que aquele príncipe tinha a seu serviço
três servos. Até o banho era preparado por um deles.
Nada de tarefas a cumprir. Era só dar ordens.
Quando regressou para sua casa, Reinaldo foi logo falar com seu pai:
"Não entendo", disse ele, "porque o senhor faz isso comigo. Sou seu
único filho e herdeiro. Por que devo cumprir tarefas? Devo ser motivo de
risos entre todo o povo."
Vi hoje, no reino vizinho, o que um verdadeiro herdeiro deve fazer:
somente dar ordens."
O rei, paciente, perguntou ao filho: "como era o reino que você visitou? Era
grande como o nosso?"
"É claro que não, pai. É muito menor que o nosso, mais pobre, tem menos
súditos e o castelo real é dez vezes menor que o nosso."
"Veja bem, pai: se num reino pobre, o príncipe pode ter três criados
para servi-lo, porque eu, num reino tão rico, devo fazer trabalho de
criado?"
"Pois é, meu filho. Saiba que há anos atrás, o reino vizinho era vinte
vezes maior do que o nosso. Nós crescemos, fomos ampliando e o reinado
vizinho foi perdendo território."
"Seu avô sempre me dizia: 'se você não pode sequer limpar os próprios
sapatos, como poderá cuidar de todo um reino? Se você não é capaz de
organizar seu próprio quarto, como irá governar todo um povo?"
As tarefas simples, Reinaldo, nos educam, nos preparam para executar as
maiores. Para comandar é preciso saber fazer. Até mesmo para exigir
qualidade.
Se você nunca lavou as próprias vestes, como saberá se o outro as lavou
bem?
Apenas aceitará o que lhe entregam, da forma que vier.
Os seus antepassados foram comprando as terras do reino vizinho, que as perdeu por não saber administrar. Talvez falte ensinar aos príncipes
herdeiros lições de humildade, da importância do trabalho simples,
diário.
O que me diz, filho amado?"
O menino pensou um pouco, e declarou: "digo que tenho uma lista de tarefas para executar agora, e começarei limpando os sapatos que se sujaram de lama pelo caminho."
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Não permita que seu filho se torne um incapaz, em razão do descaso em
sua educação.
Não o prepare para os tempos de facilidade e abastança, mas para os dias de necessidade e carência, de modo que a incapacidade não o mutile.
Prepare-o na arte de auxiliar, de prestar colaboração, todos os dias.
Logo mais, ele andará sem você pelos caminhos do mundo. Ensine-o a
andar com seus próprios pés, seguro e confiante.

Equipe de Redação do Momento Espírita com base no cap. O rei e seu reinado, do livro Grãos de mostarda - v. 3, de autoria de Leila Fernandes, ed. Grupo de Estudos Espíritas os Mensageiros e cap. 18 do livro Vereda Familiar, do Espírito Thereza de Brito, psicografia de Raul Teixeira, Ed. Fráter.

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